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Tribunal espanhol decreta prisão sem fiança para Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona

MADRI (Reuters) – A Audiência Nacional da Espanha decretou nesta quinta-feira a prisão preventiva do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, por entender que existe risco de fuga devido à gravidade das acusações de lavagem de dinheiro de subornos que lhe foram atribuídos.

Rosell foi detido junto a outras quatro pessoas, entre elas sua esposa, Marta Pineda, em uma operação que investiga a suposta cobrança de subornos pela venda de direitos audiovisuais da seleção brasileira de futebol e que teriam rendido até 15 milhões de euros entre 2007 e 2011.

A suposta “organização criminosa de âmbito transnacional se dedicou a lavar dinheiro procedente de subornos, derivados da venda por parte de Ricardo Teixeira (ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol) dos direitos da seleção de futebol de seu país a uma empresa árabe com sede nas Ilhas Cayman cuja denominação é Internacional Sports Eventos”, informa o documento judicial.

Segundo o texto, Teixeira, acusado de vários delitos de corrupção no Brasil, recebeu 8,4 milhões de euros da International Sports Events por 24 partidas do Brasil, enquanto Rosell recebeu 6,5 milhões, em ambos os casos sem conhecimento da CBF.

A lavagem teria sido realizada através de um emaranhado de sociedades e de contas radicadas em Andorra, segundo o documento judicial.

Para enviá-los à prisão, a juíza Carmen Lamela estima que tanto Rosell como o advogado Joan Besolí representam riscos de fuga devido à gravidade dos delitos, de destruição de provas e de reiteração delitiva.

“Os investigados vêm operando dentro de um grupo organizado de pessoas que são investigadas também por outros países em relação a atividades semelhantes”, disse o documento, que não solicita que as autoridades brasileiras atuem contra Teixeira.

(Por Inmaculada Sanz)

 



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