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Comerciantes reúnem a família para o trabalho no Parque do Povo durante O Maior São João do Mundo

Depois de amargar dois anos sem a renda extra da festa, muitos barraqueiros já comemoram resultados positivos no São João da retomada 

Manter um negócio operando durante 31 dias de evento não é nada fácil para pequenos empreendedores e muitos adotam a estratégia de atuar em família para garantir o êxito do investimento. No chamado São João da retomada, não é difícil encontrar dezenas de barraqueiros atuando com equipe familiar.

O senhor Elias Andrade começou a trabalhar com caipifrutas e bebidas em geral no ano de 1988. O atendimento no seu quiosque é feito por ele, sua esposa e o sobrinho. “Graças a Deus o São João 2022 está muito bom. Obviamente não chega a cobrir o prejuízo da paralisação geral das atividades de dois anos, mas com certeza ameniza a situação”, garantiu. Para ele trabalhar em família, representa uma maior probabilidade de retorno financeiro, e uma melhor divisão de tarefas, já que existe uma cooperação em torno de um objetivo comum.

Outro que também reúne a força familiar para o trabalho é Cleiton Silva Filho. Ele comercializa coquetéis e bebidas desde 2004, ao lado da mulher e do cunhado e enxerga vantagens no trabalho em família. “A gente não tem problemas com a mão de obra que está muito cara, tem mais confiança e os custos são mais em conta. Como temos filhos pequenos, minha mãe e minha sogra se revezam para tomar conta deles. Minha esposa que acorda mais cedo, prepara o nosso almoço e vem mais tarde para o Parque do Povo”, detalhou o barraqueiro. No que diz respeito ao retorno financeiro, ele disse que está sendo satisfatório.

A Barraca da Fofinha, da senhora Rosalva Santos, funciona há mais de 20 anos, no Parque do Povo. Hoje com 67 anos, ela delegou a tarefa à filha Patrícia Santos, no entanto,  uma vez por semana vem inspecionar os trabalhos.  Na barraca além de bebidas e tira gosto é oferecido jantar. De acordo com Patrícia, o trabalho desenvolvido em família é mais produtivo, as tarefas são divididas, e cada um sabe o que deve fazer para se ter sucesso em conjunto. Duas netas de dona Rosalva trabalham na Barraca da Fofinha. Acompanhando o espírito empreendedor de dona Fofinha, o filho tem um quiosque, e os filhos dele trabalham enquanto ele descansa um pouco na barraca da mãe.

Outro exemplo da opção pelo empreendimento familiar é o de José Carlos, que há 15 anos tem uma barraca no Parque do Povo. Ele trabalhava com a esposa e dois filhos. Após o falecimento da esposa passou a contar com a ajuda dos filhos na condução do negócio cuja especialidade é codorna e espetinhos. Ele diz que trabalhar com os filhos dá mais segurança e não enfrenta problemas com atrasos, já que todos sabem das suas responsabilidades para que o negócio prospere. “Depois de dois anos sem a festa, o retorno está compensando e o modelo familiar que adotamos tem contribuído para o sucesso do resultado”, comemorou.

 

Codecom

Foto: José Gustavo



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