Assentamento se destaca na produção de algodão colorido no Agreste paraibano

A1O assentamento Margarida Maria Alves, localizado no município de Juarez Távora, a 88 quilômetros da capital João Pessoa, no Agreste paraibano, está se destacando na produção de algodão colorido orgânico. A colheita deste ano, mesmo com a seca, foi de 22,5 toneladas do produto, que tem mercado certo na indústria têxtil por R$ 9,40 o quilo.

A produção do algodão colorido no assentamento, este ano, se concentrou numa área de 15 hectares cultivada por 12 das 36 famílias assentadas. Toda a produção foi vendida à indústria têxtil paraibana, por meio da Associação da Indústria do Vestuário da Paraíba (Aviest/PB), que confecciona peças da fibra do algodão e exporta para França, Alemanha, Estados Unidos e outros países.

Segundo a empresária Francisca Vieira, da Aviest/PB, uma equipe da Biofach, considerada a maior feira de orgânicos do mundo, realizada anualmente na Alemanha, deve visitar o assentamento Margarida Alves ainda este mês.

A presidente da associação dos assentados, Margarida da Silva Alves, acredita que a boa produção só foi possível porque os agricultores aprenderam a combater o bicudo, uma praga que dizimou a produção de algodão no Nordeste. O combate ao bicudo no assentamento, segundo ela, é feito sem nenhum tipo de agrotóxico.

Abastecimento

Os especialistas em algodão colorido na Paraíba, a exemplo de Waltemilton Cartaxo, da Embrapa Algodão, afirmam que a produção no assentamento Margarida Maria Alves está contribuindo para resolver o problema de abastecimento da cadeia produtiva do algodão colorido no estado.

O cultivo de algodão colorido orgânico no assentamento foi implantado em 1999, um ano após sua criação. A iniciativa faz parte do projeto piloto Algodão e Cidadania, coordenado pela Rede Nacional de Mobilização Social, em parceria com a Embrapa Algodão.

Para o superintendente do Incra/PB, Cleofas Caju, o sucesso da produção de algodão colorido orgânico no assentamento Margarida Maria Alves é um incentivo para outros assentamentos. “Com a cultura de um produto desse tipo, de bom valor no mercado, os assentados complementam muito bem a renda familiar”, assinala o superintendente. (imprensa@mda.gov.br/foto google)



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