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Cem anos de história da seca no Nordeste

Em 1909, o Brasil criou a Inspetoria de Obras Contra as Secas (IFOCS) para tratar do sério problema da convivência com a seca. Antes disso, a cada seca que chegava, trazia com ela cenários de fome, sede, epidemias, migração, mortalidade infantil.

É claro que a institucionalização do problema da seca ou transformar a seca em uma questão de Estado não resolveu esses graves problemas. Mas foi apenas o começo de uma longa jornada pela busca de soluções.

A Inspetoria de Secas foi inspirada no Reclamation Service, órgão congênere dos Estados Unidos, embora houvesse duas grandes diferenças entre eles: a desproporção dos recursos financeiros e também a capacidade técnica. Na época, praticamente não existiam especialistas em engenharia no Brasil. Enquanto a tecnologia fez uma grande transformação no Oeste americano, no Brasil, entramos no século XXI ainda dependendo de ações emergenciais e de socorros públicos para enfrentar a seca.

A Inspetoria de Secas substituiu a Comissão de Açudes e Irrigação, mas o seu primeiro Inspetor, Miguel Arrojado Lisboa, e os demais que o sucederam, deram grande ênfase apenas às obras de açudagem. É claro que a construção dessa infraestrutura hídrica foi muito importante, porque ainda não existia no Nordeste. Mas não avançamos na questão da irrigação, a partir da exploração das águas dos reservatórios.

Hoje, o Nordeste conta apenas com pequenos oásis irrigados, beneficiados principalmente pelas águas do rio São Francisco. Hoje, os desafios são maiores e mais complexos. A seca, a desertificação e as mudanças climáticas são as maiores ameaças para a região.

O Livro “Um século de secas” busca na história explicar, de forma simples, tudo o que realmente faltou e pode ser feito pelo desenvolvimento do Nordeste brasileiro. Estas e outras histórias você encontra na obra inédita, que está com as última unidades no Brasil.

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