Fisioterapia aquática promove reabilitação de vítimas de acidentes ou doenças do trabalho no CERAST

O Centro de Reabilitação e Assistência à Saúde do Trabalhador (CERAST) retomou esta semana as seções da fisioterapia aquática, atividade que estava suspensa desde o início da pandemia da covid-19. Após a recuperação da estrutura da piscina e dos vestiários, as sessões foram reiniciadas com vários pacientes assistidos pelo centro.

A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, revitalizou a estrutura da sala de fisioterapia aquática, instalou o aquecimento da piscina e preparou uma equipe especializada com habilitação para a atividade. A fisioterapia aquática está dentro do eixo de reabilitação do serviço, que também oferece fisioterapia motora, visual, respiratória, neurológica, fonoaudiológica e intelectual.

“A fisioterapia na piscina vem a somar e é importante porque diminui o impacto na estrutura óssea e muscular dos pacientes e isto acelera o processo de recuperação. Pela propriedade da água, a viscosidade, isso faz com que o paciente sinta mais bem-estar. O paciente passa por triagem que indica a necessidade da fisioterapia aquática, geralmente do meio para o fim do tratamento”, disse o fisioterapeuta Raiff Lopes.

“Eu cheguei aqui arrastando as pernas, nem levantava o pé do chão de tanto inchaço, mas só aqui que eu acabei me libertando das dores. Sou portadora de c atia patelar e tenho protusões no pescoço, tive covid-19 e de Chikungunya. Hoje eu saio da água quente e é como se eu estivesse nova”, disse a paciente Maria Nazaré, que trabalha como costureira.

O serviço oferece assistência multidisciplinar completa para a reabilitação integral. Por mês são realizados mais de 2 mil procedimentos. O serviço foi aberto em 2016 e é o primeiro no país neste modelo, que cuida integralmente da saúde do trabalhador. O CERAST nasceu de uma parceria entre a Prefeitura de Campina Grande e o Ministério Público do Trabalho na Paraíba.

A maior parte dos atendimentos é de fisioterapia traumatológica, procedimento para reabilitar os trabalhadores que sofreram algum tipo de trauma decorrente de acidentes ou doenças de trabalho, como amputações, fraturas, ou outras sequelas, principalmente, motociclistas de entregas por aplicativo. Outra boa parte é de fisioterapia neurológica, principalmente as vítimas de Acidente Vascular Cerebral, além de fisioterapia respiratória e de outros procedimentos no geral.

O Centro tem uma estrutura de 38 salas e oferece um completo ginásio para atividades de reabilitação, bem como uma piscina térmica, além dos consultórios e salas de exercícios específicos de recuperação neurológica, motora e respiratória e ainda laboratórios de órtese e prótese. No CERAST, uma equipe multidisciplinar de fisioterapeutas, ortopedistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e assistentes sociais trabalham no auxílio dos pacientes. Também tem Práticas Integrativas Complementares, como acupuntura e ventosaterapia.

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