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Fortes chuvas causam preocupação em Campina Grande e seus Distritos

 

Campina Grande e seus distritos têm enfrentado dias de intensas chuvas, levantando sérias preocupações entre os vereadores em relação ao impacto dessas condições na população. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (17), na Câmara de Vereadores, o tema predominante foi a crescente demanda por ações urgentes do poder executivo para lidar com os problemas decorrentes das chuvas.

Abril é historicamente o mês mais chuvoso em Campina Grande, com uma média de 85 milímetros de precipitação. O período seco anual na região dura aproximadamente 2,8 meses, estendendo-se de 20 de setembro a 14 de dezembro. No entanto, as recentes medições da Embrapa indicam que, nos primeiros dias deste mês, já foram registrados mais de 110 milímetros de chuva.

Esses dados ressaltam a urgência de medidas eficazes para lidar com as consequências das chuvas, que vão desde alagamentos até danos à infraestrutura urbana. A comunidade espera que as autoridades ajam rapidamente para mitigar os impactos e garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos afetados.

Os vereadores, representando os interesses da população, estão firmemente engajados em buscar soluções e cobrar ações concretas do poder público. A situação demanda uma resposta ágil e eficiente para minimizar os transtornos e proteger os moradores de Campina Grande e seus distritos.

É crucial que as autoridades atuem de forma coordenada e proativa para enfrentar esse desafio, demonstrando compromisso com o bem-estar da comunidade e a preservação do patrimônio público. A população está atenta e espera que as promessas de solução se transformem em ações tangíveis que aliviam os impactos das chuvas e promovam a recuperação da cidade diante da situação climática adversa.

Janduy Ferreira (PSDB) prestou solidariedade à população que tem sido atingida pelas fortes chuvas, citando o bairro das Malvinas, com casas que ficaram totalmente alagadas e destruídas. No último domingo, o vereador registrou a tragédia em vários pontos, com águas chegando a 1m dentro das residências. Diante dessas cenas, ele falou sobre o seu sentimento de impotência, mas ressaltou que no dia seguinte esteve com o vereador Aldo Cabral e o Sargento Régis, acompanhando algumas famílias e buscando contato com as Secretarias. Por fim, reforçou que continuará acompanhando a situação e buscando apoio através das Secretarias responsáveis.

Olímpio Oliveira (PODE) deu continuidade ao tema das chuvas e disse que Campina Grande não tem infraestrutura para passar por um inverno, pois as primeiras chuvas já demonstram isso. O vereador disse que realizou visitas na zona rural e urbana, citando o canal de Bodocongó, lá o vereador se deparou com uma mobilização e as pessoas o convidaram para fazer visitas em algumas casas. Ele disse que pareciam piscinas, sem mobília alguma e sem a presença de nenhum órgão público no local. “Até meio dia, não tinha comparecido no local, nenhum órgão público’’ – frisou. Em seguida, apresentou vídeos do Sítio Jorge, onde crianças atravessam trechos alagados, sendo carregados pelos seus pais, para que pudessem chegar à escola.

O vereador pontuou que faz cobranças da Prefeitura e das Secretarias, uma vez que apesar de todos os anos terem chuvas fortes, esse não é um argumento que soluciona o problema das famílias. Além disso, falou que com a mesma agilidade que se construiu a ponte do Parque do Povo, deveria solucionar essas questões.

Napoleão Maracajá (PT) solicitou um aparte e disse que não colocaria os transtornos das chuvas no prefeito, visto que considera um processo de negligência histórico de todos os gestores. No entanto, na Dinamérica, disse que o pivô de algumas famílias que tem tudo destruído é uma construção irregular e questionou se isso não é justamente uma omissão do poder público. Além disso, falou que quando se refere a ampliação do Parque do Povo, o estado é eficiente, mas quando são situações como essas, o estado é omisso.

Anderson Almeida (PSB) disse que em 2021 ocorreram chuvas parecidas com essa e o vereador foi até a Rua Augusto Severiano, no Bairro do Novo Horizonte, após denúncia de um morador que falava sobre os alagamentos nesse período. O vereador disse que a Prefeitura foi até o local e definiu a realização da obra. No entanto, nesta semana, recebeu um vídeo do mesmo morador em que fala da situação de alagamento no local. Disse que foi buscar saber se a obra havia sido concluída. De acordo com ele, o Tribunal de Contas informou que a obra havia sido entregue no dia 2 de fevereiro de 2024, com o custo de R$ 600 mil reais.

Anderson disse que na primeira chuva, após a entrega da obra, o problema permaneceu. Diante disso, questionou se as obras dentro dos bairros recebem a mesma seriedade que as obras de ampliação do Parque do Povo.

Márcio Melo (PODE) deu continuidade ao tema, ressaltando que tem pautado diariamente e tem sido um clamor geral da população do Sítio Jorge e proximidades. Além disso, falou do posto de saúde, que foi transferido para um grupo escolar que não tem condições estruturais para prestar serviços.

O vereador acrescentou ainda que após expor a situação, a Prefeitura colocou uma equipe de saúde para atender e vídeos nas redes sociais, mas que para ele, é apenas propaganda enganosa. Em seguida, ainda mencionou a necessidade de melhorar a qualidade das estradas da zona rural. Márcio Melo falou sobre as diversas problemáticas com uma região ilhada e que trazer a situação para a tribuna é o papel do vereador.

Jô Oliveira (PCdoB) falou que a situação das chuvas é uma preocupação para algumas famílias, mas também significa muito para os agricultores realizarem suas plantações, sendo importante que seja enviado o maquinário da secretaria de agricultura, para realização de cortes de terras. “Gostaria de me somar a esse pedido em relação a manutenção das estradas, mas que tenha a presença efetiva da Secretaria de Agricultura na zona rural, pois eles têm relatado que tem perdido o tempo para plantio’’ – disse.

Napoleão Maracajá (PT) também falou sobre as dificuldades advindas pelas fortes chuvas, acrescentando a ausência de planejamento, que não é só em Campina Grande, mas em todo Brasil. No entanto, apresentou um vídeo realizado no bairro da Dinamérica, onde famílias perderam tudo e quando a Defesa Civil foi até o local, fez apenas um cadastro, sendo que as pessoas precisavam de alimentação com urgência.

Informou ainda que recebeu a situação em algumas escolas, como em São José da Mata, onde é inviável que as crianças consigam assistir aulas e obter aprendizado. Ele disse que já repassou para o secretário Asfora da Educação. Sobre a zona rural, afirmou ser verídico que houve retardo na preparação das terras e que há lugares que um mês inteiro de chuvas já foi perdido, solicitando que enviem o maquinário. Em Galante, falou sobre a necessidade da preparação das estradas.

“Não culpo o prefeito pelo volume de chuvas, mas no dia seguinte não se pode resolver questões?” indagou.

Por fim, disse que é preciso continuar com essa pauta sendo discutida na Câmara Municipal de Campina Grande e fez um apelo ao secretário de Saúde, pois de acordo com ele, até o momento não houve avanços nas questões dos servidores.

Luciano Breno (Avante) disse que ouviu atentamente as falas que o antecederam e fez algumas ressalvas. O vereador disse sobre a necessidade que as pessoas enfrentam, construindo por vezes, residências em locais de risco.

Ainda falou sobre o lixo depositado em ruas e esgotos, causando alagamentos na cidade, visto que há lugares que com apenas 15 minutos a água é drenada, não sendo um problema de infraestrutura.

O vereador disse não estar retirando a responsabilidade do gestor, mas que é preciso entender que o problema é multifatorial, para que as soluções sejam planejadas. “É uma situação que deve ter um planejamento a longo prazo, com o levantamento de uma série de questões e fatores, para que haja de fato solução’’ – disse. Concluindo, Luciano pontuou que a Defesa Civil e a SEMAS estão atuando em favor das famílias afetadas.

Jô Oliveira (PCdoB) disse que é uma obrigação do parlamentar expor a demanda da população na tribuna, como as moradias afetadas pelas chuvas. Além disso, falou que existem os responsáveis por gerir a cidade, apesar de haver outros fatores relacionados, como o descarte do lixo. No entanto, a vereadora ressaltou que a educação e conscientização sobre o tema, deve ser uma ação educativa do poder público, que não é levada a sério no município, culpabilizando as pessoas apenas quando chegam as problemáticas.

Sobre a situação, ela pontuou que falta principalmente planejamento e questionou se a SEMAS não tem um mapeamento de habitações irregulares e situações de risco.

PLANO DIRETOR – Jô falou sobre revisão do Plano Diretor, instrumento de planejamento da cidade, que deveria ter sido revisado em 2016. “Não há antecipação, não há planejamento, não há perspectiva e a gente não sabe para que direção a cidade vai crescer”, destacou.

TRIBUNA

Rostand Paraíba (PP) apresentou um vídeo, com críticas a um candidato a vereador, que segundo Rostand, tem exposto nas redes sociais a política como uma ‘palhaçada’.  O vereador destacou suas proposituras, fazendo destaques a proposta de construção de Areninhas Esportivas, projeto que já foi aprovado e o Projeto do Grau, que propõe a criação de um espaço para prática da modalidade esportiva.

VOTAÇÃO DE REQUERIMENTOS

Foram apreciados 224 requerimentos, de autoria de Alexandre, Fabiana, Jô Oliveira, Marinaldo Cardoso, Marcio Melo, Rostand Paraíba e Saulo Noronha. Maioria foi sobre os melhores do ano.

Foram apenas votos de aplausos, votos de pesar e solicitação de uma Sessão Especial em homenagem aos 40 anos da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, esta última, de autoria de Jô Oliveira.

A 29ª sessão ordinária da 4ª sessão legislativa da Câmara Municipal de Campina Grande, realizada nesta quarta-feira (17) foi presidida pela vereadora Fabiana Gomes (PSD) e Marinaldo Cardoso (Republicanos), secretariada por Rostand Paraíba (PP) e Jô Oliveira (PCdoB)

 

DIVICOM/CMCG

Foto: Josenildo Costa



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