Juros mais altos – Como fica para endividados e investidores?

aUma recente notícia referente ao juro é assustadora para quem está endividado ou precisará fazer empréstimos ou parcelamentos. Na primeira reunião de 2014, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou, nesta quarta-feira (15), a elevação da taxa básica de juros (Selic) de 10,00% para 10,50% ao ano.

Para alguns investidores a noticia é boa, principalmente para as aplicações de renda fixa atreladas a ela, como os CDBs pós-fixados, os fundos DI e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos negociados via Tesouro Direto.

Entretanto, não foi alterado o rendimento da poupança pela alta da Selic, já que quando a taxa é maior ou igual a 8,50% ao ano, a poupança paga sempre 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR), a mesma remuneração atribuída aos depósitos feitos até 4 de maio de 2012, que seguem a regra antiga.

Por outro lado, para quem tem dívidas chegou a hora de acender o sinal de alerta, parar para ver o quanto de juros está pagando. Pode ter certeza que a falta de preocupação com os juros poderá ocasionar sérios problemas com as dívidas e inadimplência no futuro, pois, é isso que ocasiona a bola de neve que acaba com as finanças faz famílias.

É primordial combater esse problema, alerto que é preciso descobrir a causa deste endividamento, a maior parte do endividamento das famílias brasileiras é gerado por desequilíbrio financeiro, ou seja, gastar mais do que se ganha. É preciso reestruturar o orçamento financeiro ou assumir o controle financeiro.

O pagamento de juros deve ser evitado e para isso é preciso criar o hábito e costume de poupar antes de gastar, quando entramos no endividamento mesmo que com taxas de juros menores, gastamos mais dinheiro e certamente com isto deixamos de realizar outros desejos e necessidades. É preciso construir uma nova cultura com relação à administração de nosso dinheiro e para isso temos que aprender a evitar os impulsos e apelos do marketing publicitário e do crédito fácil, mesmo com a queda do juros que é um grande incentivador do consumo. Cuidado para não comprar aquilo que não sonha, com o dinheiro que não tem, para impressionar pessoas que muitas vezes nem conhecemos.

Já para quem não está endividado, mas quer entrar em uma linha de parcelamento, empréstimo ou financiamento é o momento de pensar melhor antes de cair nesse rumo, já que o aumento da taxa de juros deixa esses mais caros, forçando o consumidor a comprar menos e, com isso, evitando uma pressão inflacionária. As compras desenfreadas que as pessoas estão expostas atualmente tendem a reduzir.

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Outro reflexo da elevação da taxa de juros é o aumento do rendimento das demais aplicações de renda fixa, quando essas estão atreladas aos juros, como é o caso dos CDBs pós-fixados, fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro, vendidas via Tesouro Direto.

Mas, a pergunta que muitos me fazem é se isso significa que devemos direcionar todos nossos recursos a essa aplicação. Não, na verdade chegou o momento de uma análise aprofundada para quem for aplicar, definindo claramente os objetivos, e direcionando o dinheiro. Em uma primeira análise posso afirmar que para investimentos de curto prazo é interessante colocar seu dinheiro nesta modalidade.

Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e Editora DSOP, autor dos livros Terapia Financeira, Eu Mereço Ter Dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país, Apostila de educação financeira para o ensino EJA e Jovem Aprendiz.

2014 DSOP Educação Financeira
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