A literatura de cordel é uma poesia oral que chegou ao Brasil através dos trovadores medievais que aqui desembarcaram no descobrimento desse País. O primeiro poeta que transcreveu essa linguagem oral para as vias escritas, foi o paraibano Leandro Gomes de Barros, nascido em Pombal, no sertão paraibano, em 1865. Seu cordel de mais relevância foi Juvenal e o dragão, mas, outros títulos também ganharam muita aceitação, a exemplo de A Donzela Teodora e O Cachorro dos Mortos, ambos adotados no vestibular da Universidade Estadual da Paraíba.
A princípio a função do cordel era divertir quem lia e ouvia esse tipo de literatura, depois se passou a adotar tímidas criticas e fatos históricos.
No inicio o cordel não tinha tanta preocupação com a linguagem, já que o mesmo era abordado por pessoas de baixa escolaridade, com o decorrer dos anos essa ideia foi abandonada, já que o cordel hoje estampa trabalhos científicos, nas mais conceituadas universidade do Brasil e do exterior.
Um dos grandes nomes da literatura popular, ainda em atividade, é Manoel Monteiro, pernambucano de nascimento e campinense por adoção. Monteiro nasceu na cidade de Bezerros, no agreste de Pernambuco, em 1937. Chegou à Campina Grande em 1953, em busca de divulgar seu trabalho, já que ouvira muito falar na famosa feira central. Ele começou a rabiscar seus primeiros versos aos 14 anos, e daí em diante não parou mais. O poeta possui mais de 200 títulos publicados e é membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Seus novos títulos são Aula de Cordel e Ao mestre com Carinho.
Manoel ainda destaca o trabalho de linguistas como José Pacheco e João Ferreira de Lima, este autor do folheto As proezas da João Grilo, um dos mais vendidos e reeditados.
Monteiro ainda retrata seu ponto de vista em relação às novas tecnologias ”o cordel deixou de ser uma linguagem nordestina, para ser uma linguagem universal, e as novas mídias só vieram a contribuir para isso.” (Jonas Araújo- UEPB)
