Símbolo de modernidade na canção brasileira, Dóris Monteiro morreu nesta segunda, 24 de julho, aos 88 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro. Segundo a família, a artista morreu de causas naturais.
“Quando canto e o público me aplaude, eu fico nas nuvens, eufórica. Minha vida se transforma. Independentemente dos problemas que tenha, ao entrar no palco, eu flutuo. A energia do público faz você cantar”, declarou Dóris em entrevista, sem esconder a emoção.
“É com muito pesar que comunicamos o falecimento da cantora e atriz Doris Monteiro, na madrugada desta segunda-feira 24/07/23. Doris partiu de causas naturais em sua residência, no Rio de Janeiro. Mais informações sobre velório e sepultamento serão divulgadas oportunamente”, destaca o comunicado publicado pela família nas redes sociais.
QUEM ERA DÓRIS MONTEIRO
A carioca Adelina Dóris Monteiro dizia já aos 6 de idade, que “queria ser “canteira”. Certo dia, aos 13 anos, quando entoava “Caminhemos”, sucesso de Herivelto Martins, Dóris foi ouvida por uma vizinha.
“Estava cantando do meu jeito. E a dona Jurema disse: ‘Essa menina tem uma voz tão gostosinha’. Eu não me parecia com Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, as irmãs Batista e o vozeirão delas que era moda na época. Nada, a minha voz era pequena e suave. Já adorava Lúcio Alves e Dick Farney, cantava ‘Caminhemos’ porque era o estouro do momento”, contou ela em entrevista.
Em 1951, ela gravou o primeiro álbum. No ano seguinte, ela foi eleita a “Rainha dos Cadetes”. Na fase inicial da discografia de Doris – com 15 discos de 78 rotações editados entre 1951 e 1956 pelas gravadoras Todamérica e Continental – a voz macia da cantora se destacava.
A artista fazia uma espécie de “ponte” entre o samba-canção e a bossa nova. Entre seus sucessos, se destacam-se “De Conversa em Conversa”; “Se Você Se Importasse”; “Dó-ré-mi” e “Mocinho Bonito”. Na década de 1970, Dóris lançou “Coqueiro Verde”, samba de Roberto e Erasmo Carlos.
Fonte: O Fuxico
Foto: Divulgação