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Músicos sofrem com perda de audição

Contato permanente com o alto volume de instrumentos musicais é danoso à saúde dos ouvidos

Um dos maiores dons que uma pessoa pode ter é o da música. A melodia cantada por uma bela voz ou tocada por meio de um instrumento musical faz bem à alma, ao coração, mas nem tanto aos ouvidos, como alertam médicos e fonoaudiólogos. É que o contato permanente dos músicos com o alto volume do som pode ser danoso à saúde auditiva. Profissionais de bandas e orquestras costumam se expor com frequência a sons que chegam a 130 decibéis e, por isso, com o passar dos anos, é comum que desenvolvam problemas de audição.

“A medida que o volume da música passa dos 100 decibéis, aumenta o risco de lesões na cóclea – órgão dentro do ouvido responsável pela audição. A frequência até 80 decibéis é que garante segurança e conforto aos ouvidos”, explica a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.

Um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a perda de audição relacionada ao ruído musical a segunda maior causa de surdez no mundo. O advogado e músico da Orquestra Sinfônica de Brasília (Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro), Luiz Carlos Campos Marques, é um exemplo. Ele toca violino há 35 anos e, há 14 anos, ao fazer uma audiometria, foi constado um perda auditiva de grau leve no ouvido direito.

“Comecei a perceber que meu problema estava piorando quando as pessoas vinham me dizer que durante um concerto só se ouvia o meu violino. Elas achavam que estavam me elogiando, mas para um músico de orquestra, isso é um erro gravíssimo, pois mostra que ele está em desencontro com o conjunto, não ouvindo e graduando a intensidade do som que sai de seu instrumento à intensidade da orquestra. Isso me despertou a refazer os exames”.

Foi então que, há pouco mais de 10 anos, em 2005, ao fazer nova audiometria, Luiz Carlos recebeu o diagnóstico de perda auditiva de grau severo.

.O que aconteceu com Luiz Carlos, de acordo com a fonoaudióloga, foi uma Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE).

“A perda auditiva tem efeito cumulativo. Dependendo da frequência, do tempo de exposição ao som elevado e da predisposição, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada, ao longo da vida”, explica Isabela.

Em função da deficiência auditiva, Luiz Carlos passou dois anos em licença médica e,depois desse prazo, se aposentou. Porém, apaixonado pelo que faz, decidiu, em 2014, pedir a reversão da aposentadoria.

“Durante todo o período em que fiquei afastado, o nível de perda de audição se manteve estável”, conta o músico, que agora está prestes a se aposentar definitivamente, pois em um ano, depois que retomou a atividade de violonista, perdeu mais 10% da audição que já era precária.

“No ouvido direito tenho praticamente perda total, e no esquerdo, somente 50% da audição. Quero morrer músico, mas até lá quero continuar me ouvindo. Para isso, vou preservar a minha audição fazendo os tratamentos necessários e me afastando da fonte emissora do problema. Assim, pretendo desacelerar o processo de surdez”, conta Luís.

O vocalista da banda Jota Quest, Rogério Flausino, é outra vítima da convivência permanente com sons elevados. Em 2007, já há mais de dez anos à frente da banda, ele admitiu publicamente que tinha perdido 30% da audição do ouvido direito.“Sentia muita dor e chegava até a ficar surdo depois dos shows. O problema foi causado pelo uso constante do earfone, um fone de ouvido que os músicos usam durante o show para ter o ‘retorno’ do som que o público está recebendo”, contou ele na época.

Os artistas britânicos Eric Clapton e Phil Collins também têm danos auditivos em função da carreira musical.

Para evitar que outros músicos passem pelos mesmos problemas, a fonoaudióloga da Telex recomenda o uso frequente de protetores auriculares.

“Os protetores não eliminam o som por completo e nem impedem que o músico ouça o seu instrumento ou o que acontece à sua volta. Eles apenas reduzem o volume excessivo que chega aos ouvidos, protegendo a cóclea e propiciando uma audição mais confortável do som ambiente”, explica a fonoaudióloga.

Existem vários tipos de protetores no mercado, como os da Telex, por exemplo, que são feitos em acrílico e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, e que diminuem o barulho ambiente em 15 decibéis ou em 25 decibéis, conforme a necessidade do usuário.

Mais informações:

Assessoria de imprensa da Telex Soluções Auditivas

Ex-Libris Comunicação Integrada

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