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Novos detalhes do caso da estilista Silvia Ulson envolvem ameaças, inclusive ao seu filho

Estou reenviando este email porque ontem à noite tivemos uma matéria no jornal do Boris Casoy, na RedeTV. Uma pauta curtinha, mas que dá pra ter uma ideia da história mais fácil do que esse textão que eu fiz, rs.

http://www.redetv.uol.com.br/jornalismo/RedeTVNews/videos/cultura/apos-golpe-estilista-brasileira-e-acusada-de-plagiar-grife-internacional

Não sei se por aí acompanharam o caso da estilista Silvia Ulson. Após um desfile realizado durante o Miami Swimm Week, ela foi acusada injustamente de plágio por um representante da grife americana de origem nigeriana BFyne por meio da mídia.

Mesmo após explicar que foi vítima de um golpe sofrido por um fornecedor no Brasil, a grife que a acusa nunca a procurou para explicações, nunca a notificou oficialmente e apenas manteve a distribuição de fake News para a imprensa americana.

Além da BFyne não dar nenhuma abertura para um contato e solução do caso, continuam a ameaçando de “acabar com a carreira dela” (palavra deles) e quando souberam que ela tem investigado a empresa chegaram a mandar um vídeo feito do filho dela de 6 anos com uma câmera escondida, como uma clara ameaça à integridade de sua família.

Ela vem sendo difamada e pelas vias jurídicas não tem conseguido contato com a BFyne que, por meio de mensagens anônimas, promete manter seus ataques injustos pela internet. Por isso, ela, que mantinha diversos detalhes do caso em sua privacidade, tomou a decisão de tornar público o fato pedindo ajuda da imprensa. Esta foi a única maneira encontrada para que ela possa se defender.

Se tiver qualquer dúvida ou preferir que explique tudo por telefone é só me avisar. Sei que o texto abaixo ficou um pouquinho longo, mas é porque a história é realmente bem complexa e diversos documentos que comprovam os fatos estão anexos hiperlinkados.

Um abraço,
Antonio.

Histórico e detalhes do caso

Abaixo, descrevemos em detalhes o ocorrido e no link temos diversos materiais anexos que estão numerados e identificados durante o texto:

Anexos: https://www.dropbox.com/sh/ox683nh4rso3pup/AABpdV1TJ58s_D1Nyj2lVL5ra?dl=0

Todos os anos a estilista Silvia Ulson é convidada a desfilar com sua grife SU uma coleção conceitual que represente o Brasil no evento de moda americano Miami Swim Week. Para mais informações sobre este evento, acesse o site oficial clicando aqui.

Como o evento é exclusivamente de moda praia, mesmo não sendo o segmento de atuação de Silvia Ulson, pelo marketing e exposição da marca ela sempre aceita oconvite e desenvolve um desfile conceitual com temas ligados à cultura brasileira.

No ano passado o tema foi Carmem Miranda e, este ano, o tema foi a cultura indígena, mais especificamente a Tribo Krukutu, onde ela fez sua pesquisa e adquiriu os acessórios utilizados, como os cocares (Fotos de sua visita e pesquisa: Anexo 2).

Silvia preparou 13 looks que seriam desfilados, todos em preto e branco que são cores predominantes na cultura Krukutu. No entanto, 10 dias antes de sua viagem para Miami a organização do evento pediu que ela entrasse na passarela com 18 looks. A justificativa era que, por ser um dos desfiles que encerraria o dia ele precisava ser mais longo. Ela foi colocada como encerramento devido à sua tradição por lá em realizar grandes performances.

Ela tinha 10 dias para providenciar outros 5 modelos. Devido ao prazo apertado, sua fornecedora habitual que foi responsável pela confecção dos outros 13 modelos não pode atendê-la. Então, Silvia começou a pesquisar no mercado outros fornecedores. Pesquisou nos murais das lojas do Brás e no site Anúncios Rápidos, dois lugares comuns a se oferecer esse tipo de trabalho.

No mural de uma loja, um anúncio chamou sua atenção pela cor, um amarelo vivo que destacava “trabalhos rápidos, exclusivos de acordo com o briefing do cliente”. Era exatamente o que ela precisava. Quando acessou o site Anúncios Rápidos encontrou o mesmo anúncio, como mesmo texto e na mesma cor amarelo vivo, fundo preto e o contato de uma pessoa chamada Fernando Zhuna (Anexo 1).

Silvia pessoalmente entrou em contato e o Sr. Fernando se ofereceu para encontrá-la em sua loja, nos Jardins. Pelo sotaque, a princípio a estilista acreditou que ele era angolano, tiveram até uma rápida conversa sobre eles estar legalizado e que torcia para o Brasil na Copa do Mundo. O fato de ser estrangeiro não causou nenhum estranhamento, pois é comum no segmento têxtil o trabalho de muitos profissionais de fora, como angolanos, bolivianos, venezuelanos, etc.

Ela explicou ao Sr. Fernando o que precisava e entregou uma cópia de toda sua pesquisa realizada na Tribo Krukutu e as referências de como as estampas deveriam ser para acompanhar o conceito da coleção (Anexo 2).

Alguns dias depois, Sr. Fernando volta a sua loja para apresentar a estampa que teria criado exclusivamente para ela inspirado pelas referências que levou (Anexo 3). Ele ainda faz um comentário: “Eu garanto que a Sra. nunca viu esse trabalho em lugar nenhum”.

A primeira impressão de Silvia foi negativa, teve um primeiro impulso de recusar o trabalho pois, apesar de realmente ter linhas que eram iguais as que pesquisou na Tribo Krukutu (losangos, zigue zagues, etc) tinha como cores predominantes o laranja e o marrom, enquanto a coleção era inteira em preto e branco.

Quando ele notou que ela estava insatisfeita ele disse que tinha uma surpresa. Ele já teria produzido as cinco peças pois sabia que ela tinha pressa, e tirou de uma bolsa cinco maiôs. Ela pagou pelo trabalho (pelas peças piloto e também pelo trabalho de criação da estampa) e exigiu um contrato. Ele não tinha levado nem um recibo mas se comprometeu em levar no dia seguinte. Ele cumpriu, passou na loja e deixou um contrato assinado e com firma reconhecida (Anexo 4).

Adiantando um pouco a linha do tempo: Recentemente, organizando todos os documentos para mostrarmos à imprensa, foi percebido que a assinatura reconhecida estava como Fernando ZhuMa, com “M” e não com “N” como no anúncio. Ao ser consultado, o cartório (na Santa Cecília) verificou na mesma hora que o reconhecimento era falso. Um funcionário do cartório acompanhou Silvia até uma delegacia e fez um boletim de ocorrência.

Silvia seguiu para Miami ainda sem saber se usaria aquelas peças. Porém, quando já estava lá continuou sendo pressionada para que desfilasse 18 looks. Foi só na véspera que viu os maiôs com mais atenção e percebeu que o acabamento era bastante ruim e ainda tinha na estampa alguns formatos de garfo, problemas que ela tentou resolver colando algumas pedrarias que comprou no supermercado e passou a noite colando.

No dia 12 de julho, Silvia desfilou sua coleção e foi um sucesso. Antes do início foi apresentado um vídeo mostrando a visita à Tribo Krukutu. Para assistir ao vídeo do desfile completo, clique aqui.

No dia 13 de julho, um dia após a realização do desfile, Silvia recebe uma mensagem privada em seu Instagram pessoal. Uma pessoa se apresentando como Clement e se dizia dono de uma loja em Paris que assistiu ao desfile e estava interessado nas peças apresentadas. No início da conversa ela explica que não produz roupas de banho que era um desfile conceitual, mas ele passou o dia todo insistindo muito que queria ao menos conhecê-la. Depois de tanta insistência, ela passou o número de seu celular pessoal para continuarem a conversa pelo WhatsApp e passou o endereço de seu apartamento em Miami.

Silvia recebeu o suporto Sr. Clement acompanhada de seu filho, um garoto de seis anos. Logo que ele entrou perceberam que ele estava irritado pois se recusou a apertar a mão de Silvia. Ela acreditou que aquele comportamento se devia ao fato da dificuldade de acesso ao condomínio pela portaria.

Ele quis ver as peças que foram desfiladas. Ela começou a mostrar os looks e, assim que chegou nas peças coloridas, as mesmas que foram adquiridas do Sr. Fernando Zhuna no Brasil, ele começou a se alterar. Dizia que aqueles desenhos não eram indígenas, mas sim africanos. Disse que se chamava “dashiki” e que pertenciam a ele.

Ao ver que ele estava se exaltando, o filho de Silvia que estava com um iPad em mãos fez um breve vídeo e fotos. Além dessas imagens feitas pela crianças, também tiveram acesso às imagens das câmeras de segurança do prédio (Anexo 5).

Até então ele não Sabia de onde era Silvia, quando ela disse que era brasileira notou que ele ficou um pouco pensativo e abriu seu computador e entrou no navegador de internet. Silvia tentou ver o site que ele estava acessando mas ele não permitiu. Contudo, enquanto tentava ver a tela conseguiu discretamente fazer uma foto. Ele estava na página de uma confecção brasileira chamada Constantine Beach Wear (Anexo 8).

Ele foi embora sem deixar nenhum contato, apenas disse que seu nome verdadeiro era John e ameaçava Silvia dizendo que ia acabar com a carreira dela.

Até então, Silvia achava que ele falava apenas da estampa. Foi quando ela fez uma pesquisa no Google pela palavra “dashiki”, e viu que maiôs idênticos aos que Fernando Zhuna vendeu a ela (promotendo exclusividade) sendo vendidos no mundo todo, de sites Chineses até no Brasil.

John, que depois Silvia soube que se tratava de John Adele, que se apresentava como representante da BFyne. Mesmo Silvia tendo explicado a ele o que tinha acontecido, Adele começou a entrar em contato com toda a imprensa difamando Silvia Ulson dizendo que ela havia copiado maiôs da BFyne. Além disso, começaram ataques as redes sociais de Silvia, de sua família e até de clientes. Claramente, desde do início foi possível identificar sua intenção de apenas prejudicar a estilista e não de entender e resolver o problema.

Silvia notou esse comportamento estranho de John Adele como interlocutor da BFyne, então decidiu que iria entrar em contato com Buki Ade, que todas as matérias citavam como estilista e fundadora da marca. A intenção era explicar o que aconteceu, pedir desculpas e se colocar à disposição para encontrar o estelionatário no Brasil que vendia seus maiôs a outros estilistas. Porém, encontrá-la se mostrou uma tarefa impossível, ela não possui páginas nas mídias sociais, não existem fotos dela em nenhum evento, nunca deu nenhuma entrevista (sempre é John Adele que fala em nome da marca) e nem histórico de outros trabalhos.

Foi quando surgiu a primeira suspeita que dá início a uma série de fatos que motivaram a decisão de detalhar toda a história para a imprensa. Acredita-se que a estilista Buki Ade não exista, é um personagem fictício. O que foi o ponto de partida a uma série de fatos estranhos.

Silvia pediu a uma amiga que mora em Los Angeles que fizesse uma compra no site da BFyne (a marca trabalha apenas por meio de e-commerce). Quando o produto foi entregue sem o invoice (nota fiscal americana) mais uma surpresa, a etiqueta traz um CNPJ de uma empresa brasileira, a Constantine, a mesma que John Adele acessou a página quando soube que Silvia era Brasileira (Anexo 7).

Pelo CNPJ foi possível identificar o endereço da empresa, que fica em Florianópolis (SC). Silvia foi até lá e a proprietária confirmou que ela produzia maiôs para a BFyne, que falava com Jhon Adele, mas negou que foi produzido por ela aquela peça específica que foi entregue em Los Angeles e pareceu estranhar seu CNPJ estar lá.

Como mais uma tentativa de fazer contato com Buki Ade ou alguém da BFyne realmente disposto a encontrar com Silvia para resolver o problema pesquisaram o registro da empresa nos EUA. Descobriram que utiliza um endereço falso (divulgado no site como Virginia Beach) mas que é estabelecida em Maryland e tem seu registro cancelado pelo governo.

Provavelmente a proprietária da Constantine Beach Wear entrou em contato com Jhon Adele que, em tom de ameaça, enviou para Silvia um vídeo que ele fez com o celular escondido no bolso do filho dela enquanto brincava próximo a eles. Como se desse um recado. Foi a primeira de três ameaças, na segunda, em português, voltou a dizer que acabaria com a carreira de Silvia espalhando mais notícias e a terceira, após receber contato de um jornalista, pede para que a Silvia para de falar com a imprensa e faz a mesma ameaça de acabar com ela e espalhar novas notícias (imagens das ameaças – Anexo 9).

A dificuldade em entrar em contato com a BFyne, descobrir tantos fatos estranhos e pelas ameaças pode-se considerar a hipótese de que o Sr. Fernando Zhuna, no Brasil, tem contato com a BFyne, sendo possível que o golpe tenha sido realizado com o conhecimento de Jhon Adele.

Silvia decide pedir ajuda a advogados nos EUA que enviam à BFyne uma notificação extra-judicial dando a eles um prazo para que entrem em contato caso contrário podem ser processados por difamação pelas fake News espalhadas. Até hoje ninguém respondeu.

Os ataques nas redes sociais continuaram, alguns até levando a história para o lado da apropriação cultural por modelos loiras terem desfilado de cocar. Algumas pessoas inventaram que Silvia se recusou a incluir modelos negras e morenas no desfile, sendo que as modelos foram oferecidas pelo evento. Não houve um casting. Até um perfil oficial da Secretaria do Turismo de Alagoas fez um comentário atacando Silvia, muito estranho, até parece coisa de hacker (Anexo 10).

Chegando a este ponto, sabendo que a qualquer momento John Adele pode cumprir sua ameaça de espalhar novas fake news sobre Silvia ou coisa pior, devido a imagem de seu filho enviada, a estilista tomou a decisão de abrir todos estes detalhes para a imprensa.

C+M Comunicação

Antonio Montano
Assessor de Imprensa
antonio@castilhoemontano.com.br
(11) 3842-7725/7731 / (11) 95653-2013



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