Educação

Produção de higienizantes da Farmácia Escola da UEPB abastece unidades de saúde durante pandemia

Em tempo de pandemia, o uso do álcool em gel e de álcool glicerinado tem sido imprescindível para
prevenir o contágio do novo coronavírus. Garantir a higienização das mãos com esses produtos,
principalmente pelos profissionais que atuam na linha de frente de combate à Covid-19, em Campina
Grande, tem sido uma das missões do laboratório da Farmácia Escola da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB).

Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o novo coronavírus como uma pandemia, o
Laboratório, vinculado ao Departamento de Farmácia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS),
passou a intensificar a produção do álcool em gel a 70% e de sabonete líquido. Atualmente, devido a falta
de alguns insumos, o laboratório teve que substituir a formulação e passou, temporariamente, a produzir o
álcool glicerinado a 80% e sabonete líquido. A produção e distribuição desses produtos está em ritmo
intenso.

Somente na semana passada foram distribuídos 120 litros de álcool em gel e 70 litros de sabonete líquido
para o Hospital Pedro I, o Instituto Elpídio de Almeida (Isea), UPAs Alto Branco e Dinamérica, bem como
para abastecer o Hospital da Criança e a FAP. Essa semana, uma remessa da produção já está pronta para
ser distribuída com alguns abrigos de idosos e creches de Campina Grande.

O coordenador da Farmácia Escola e responsável pelo trabalho, professor Ricardo Moura, explica que o
álcool glicerinado produz quase o mesmo efeito do álcool em gel. A principal diferença, segundo ele, é que
o álcool glicerinado não hidrata tanto a pele, mas a eficácia contra o novo coronavírus é a mesma. Ele
observa, ainda, que o tempo que o álcool em gel fica protegendo a pele é maior, porque ele evapora com
menos velocidade. Por isso, com o glicerinado, a pessoa tem que repor mais vezes o seu uso.

Professor Ricardo destaca que, durante esses três meses de pandemia, a média semanal de produção tem
sido de 50 a 60 litros de álcool glicerinado e, aproximadamente, 40 litros de sabonete líquido. Nesse
período, o laboratório já produziu mais de 600 litros de álcool e mais de 400 litros de sabonete. Com equipe
reduzida devido às medidas de isolamento social, o laboratório da Farmácia Escola passou a funcionar dois
dias na semana, nas quartas e sextas-feiras, como forma de evitar aglomeração. A equipe conta com duas
farmacêuticas e um técnico, que se revezam nos trabalhos, atendendo os protocolos de segurança e as
orientações dos médicos e autoridades sanitárias que trabalham para evitar a proliferação do vírus.

Desde o início da pandemia praticamente toda a produção passou a ser destinadas para atender o Hospital
da FAP, que é parceiro da UEPB, e as Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs), alguns hospitais, UPAs
e abrigos de idosos da cidade. Uma boa reserva também é destinada para os equipamentos da UEPB, a
exemplo do CCBS, onde funciona o Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes). O Departamento
de Farmácia se responsabiliza por toda logística de identificar os setores que têm maior necessidade e
agiliza a distribuição que, geralmente, acontecem nas sextas-feiras. Em alguns casos, as instituições vão
buscar os produtos e, em outros, a própria Universidade se encarrega de distribuir o álcool e o sabonete
para a rede de saúde.

A Chefe do Departamento de Farmácia, professora Nícia Stellita, destaca a importância do trabalho
realizado pela UEPB nesses tempos de combate à pandemia. Ela ressalta que a Instituição tem cumprido o
seu papel e procurado ajudar na luta contra a Covid-19. Nícia também lembra que o Laboratório sempre
tem uma reserva para o CCBS, incluindo a UBS que funciona no Departamento de Enfermagem, e o Centro
de Informação e Assistência Toxicológica de Campina Grande (CIATOX-CG), que funciona no Hospital de
Trauma.

Codecom UEPB



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