Queda de helicóptero mata ministro do Interior da Ucrânia
Ao menos 15 pessoas, incluindo o ministro do Interior da Ucrânia, morreram em uma queda de helicóptero na periferia de Kiev nesta quarta (18). O governo do país invadido pela Rússia em fevereiro do ano passado não descarta sabotagem no aparelho.
“É uma tragédia”, disse o presidente Volodimir Zelenski. O relato inicial, do governo provincial de Kiev, era de 18 mortas, mas o número foi revisado.
Se for comprovada sabotagem, esta foi a mais alta autoridade assassinada desde que as forças de Vladimir Putin atacaram o país vizinho, há quase 11 meses. Mas o ministério de Monastirski afirma que também estão sendo estudadas outras hipóteses, como defeito técnico e violação de regras de segurança pelos pilotos.
O incidente ocorre após um dos mais rumorosos ataques contra civis da guerra. No sábado (14), um míssil atribuído à Rússia atingiu um prédio residencial em Dnipro, matando 45 pessoas –ainda há duas dezenas de desaparecidos.
O governo de Zelenski acusou os russos de usar um míssil Kh-22, disparado de bombardeiros Tu-22 em espaço aéreo russo, pelo estrago. O modelo foi criado na União Soviética para destruir grandes navios, como porta-aviões, mas tem sido empregado pontualmente contra alvos terrestres na guerra, o que diminui a eficácia de seu sistema de guiagem desenhado para superfícies aquáticas.
O Kremlin negou ter mirado o prédio, e disse que a tragédia foi resultado de fogo amigo de baterias antiaéreas ucranianas. Um assessor presidencial de Zelenski chegou a cogitar a ideia e, pressionado, renunciou. A Força Aérea então emitiu uma rara declaração dizendo que não tem como abater Kh-22 e modelos semelhantes.
No leste ucraniano, os combates prosseguem ferozes na região de Bakhmut, em Donetsk, 1 das 4 regiões anexadas ilegalmente por Putin em 30 de setembro. Kiev espera que a Otan, aliança militar ocidental, decida em encontro na sexta (20) pelo envio de tanques de guerra para o país.
O Reino Unido prometeu 14 unidades, pressionando a Alemanha a liberar o emprego do germânico Leopard-2, amplamente usado no continente. Ao menos a Polônia e a Finlândia, grandes operadoras do modelo, já prometeram o envio se liberadas por Berlim.
FOLHAPRESS
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