Ricardo entrega casa de acolhida que atenderá 200 pacientes com HIV/Aids

aO governador Ricardo Coutinho e o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, entregaram na manhã desta sexta-feira (20) a Casa de Convivência João Paulo II, que dará apoio às pessoas que vivem com aids e têm que se deslocar até João Pessoa para fazer tratamento no Complexo Hospitalar Clementino Fraga e no Hospital Universitário Lauro Wanderley.

O Governo do Estado, por meio do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza no Estado da Paraíba (Funcep-PB), investiu cerca de R$ 1 milhão na construção de uma moderna casa de acolhida numa área do Hospital Padre Zé, onde mais de 200 pessoas, que antes eram acompanhadas em uma casa alugada próximo à Praça Dom Adauto, no Centro, passarão a ser atendidas. A nova unidade possui arquitetura moderna, toda climatizada, com 24 acomodações com funcionamento de 24 horas.

A inauguração da casa de acolhida contou com as presenças da primeira dama do Estado, jornalista Pâmela Bório, do vice-governador do Estado, Rômulo Gouveia, do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, do padre Egídio de Carvalho, dos secretários Gustavo Nogueira (Planejamento), Waldson Dias de Sousa (Saúde), Cida Ramos (Desenvolvimento Humano), Estela Bezerra (Comunicação) e Marenilson Batista (Agricultura).

O governador Ricardo Coutinho informou que somente no Hospital Padre Zé o Governo do Estado estará investindo R$ 4 milhões em 2014, sendo R$ 1 milhão na manutenção, R$ 580 mil na construção de enfermaria para infectados com 12 leitos no hospital, R$ 400 mil na aquisição de equipamentos e prevenção de combate a incêndio, R$ 980 mil para a casa de apoio a pessoas com HIV e mais R$ 1,5 milhão para a construção de uma enfermaria com 40 leitos aprovados na reunião da última terça-feira do Conselho Gestor do Funcep.

Ricardo afirmou que conhece o Hospital Padre Zé há muitos anos e verificou a mudança qualitativa que passou e vem passando com os investimentos do Governo do Estado, as inúmeras doações e a administração dedicada da Arquidiocese da Paraíba. “As duas enfermarias, uma que está sendo construída e outra que vamos iniciar em junho, aumentarão a capacidade do Hospital Padre Zé de 60 leitos para 140 leitos, o que é muito importante por atender prioritariamente pessoas carentes do nosso Estado”, ressaltou.

De acordo com o governador, o Funcep tem dado uma atenção especial ao Hospital Padre Zé e à Casa da Acolhida para pessoas com HIV e demonstra isso com uma construção de primeira qualidade em um ambiente apropriado para receber as pessoas que precisam de muito apoio e cuidado para vencer o vírus da Aids. “Estou muito feliz ao voltar no tempo e lembrar da minha luta como vereador de João Pessoa para a construção desta casa e que Deus está possibilitando que hoje, na condição de governador, entregue esse equipamento novo e preparado para atender as pessoas que convivem com o vírus da Aids”, completou.

M.C., que convive há 13 anos com o vírus HIV, lembra que chegou ao fundo do poço quando soube da doença, mas desde que conheceu, há oito anos, a Casa da Acolhida e conheceu Deus foi contagiada pela fé e o apoio dos religiosos e voluntários. “Não é fácil como mulher ter o vírus e demonstrar que ter a doença não significa ter que morrer, mas ter de lutar para viver. Hoje, pela glória do Senhor, estou viva e com força para lutar junto com minhas filhas e netos. Agradeço a sensibilidade do governador do Estado de investir nesta casa que era uma reivindicação antiga”, comemorou.

O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, disse que sem o Funcep a Arquidiocese não teria como construir e nem manter essa casa de acolhida que vai atender com todo carinho e amor pelo menos 200 pessoas com vírus HIV. “Essa é uma obra inédita do Brasil e que está preparada para atender pessoas e famílias dentro de uma orientação de um basta ao preconceito porque as experiências demonstram que com o uso da medicação adequada e a fé possibilitam que pessoas nessa condição vivam por longos anos”, enfatizou.

O Padre Egídio de Carvalho, coordenador da Casa de Convivência, destacou que a casa não serve apenas para acolher e orientar as pessoas com o vírus, mas para oferecer novas possibilidades e esperança de presente e de futuro com programas profissionalizantes e de renda para os soros positivos. “O tempo passou e novos tratamentos surgiram, mas ficou o que é mais deprimente na convivência humana: o preconceito. O avanço da medicina foi imprescindível, mas precisamos por fim à terrível doença do preconceito para com as pessoas com HIV/AIDS”, declarou.

O secretário de Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira, destacou a sensibilidade do Governo do Estado e todos os conselheiros do Funcep que defenderam o projeto da Casa de Acolhida e o apoio a uma população que merece um olhar diferenciado da sociedade.



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