Sessão Especial debate déficit habitacional em João Pessoa

aA Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou uma sessão especial nesta quarta-feira (11) para debater o déficit habitacional em João Pessoa. A discussão, que lotou o Plenário Deputado José Mariz com representantes de Movimentos Sociais e a população em geral, teve a finalidade de conhecer o diagnóstico da situação da moradia e discutir soluções para o déficit no setor.

A sessão foi de autoria do deputado Anísio Maia (PT), que destacou a importância do Legislativo buscar soluções para resolver as problemáticas da população paraibana. “Lotamos a Casa com pessoas que lutam por moradia e que sonham em ter um teto. São vários movimentos que encabeçam essas reivindicações de anos e anos. Queremos que essas pessoas se expressem para que o Poder Legislativo possa ajudar e assim a gente encontre saída, pois temos um grande déficit habitacional na Paraíba e precisamos entender como resolver”, destacou o parlamentar.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o déficit habitacional de João Pessoa está em torno de 19 mil moradias. A pesquisa foi divulgada há cinco meses, porém a secretária de Habitação da Capital, Socorro Gadelha, afirmou que a Prefeitura tem trabalhado para equilibrar os números divulgados.

“O déficit ainda é bastante grande e o interesse da prefeitura é cumprir com 13 mil unidades. Considerando que já entregamos quase duas mil e temos cinco mil em construção e inúmeras casas ficando prontas nas áreas de riscos, como é o caso do Timbó. Mesmo com a pesquisa do Ipea, a gente entende que esse déficit está em torno de 17 mil e o nosso objetivo é buscar o equilíbrio”, disse a secretária.

A representante do Parque do Aratú, Telma Maria Fernandes de Souza, disse que o local, que fica na capital, abriga mais de mil famílias há mais de dez anos e que estão em situação precária. “A nossa situação é muito difícil, pois muitos moram nas lonas e em casa de alvenaria e ainda sim o Governo Estadual quer mexer com o nosso pessoal. Nós moramos lá desde 2002 e agora a Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap) quer nos tirar. Não temos para onde ir e precisamos de solução”, lamentou. Apesar do convite para discussão, nenhum representante do Executivo compareceu para esclarecer a situação.

No Estado – O Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas de Campina Grande também participou da sessão acrescentando as dificuldades da moradia em toda a Paraíba, apesar do debate ter contado com a presença das autoridades da habitação de João Pessoa. O representante do Movimento, Arjuna Escarião, falou sobre a precariedade em que vive milhares de pessoas no Estado.

“É fundamental inserir a Paraíba na discussão desse tema. Já que é evidente o déficit no Estado (que atualmente é de 110 mil). Um grande número de trabalhadores, ainda não tem a sua casa, muitos têm a redução na qualidade de vida, em função da obrigação dos aluguéis e outros ainda moram em condições precárias”, explicou.

Estavam presentes na sessão a gerente regional da Construção Civil da caixa Econômica, Maria Aline Paiva; O representante da Comunidade Boa Esperança, Roberto Guilherme; o presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Marcelo; a secretária de Desenvolvimento Social, Marta Geruza Maura; além da secretária de Habitação da Capital, Socorro Gadelha e o deputado Anísio Maia.



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