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Unipê e Energisa desenvolvem programa voltado a crianças com microcefalia por Zika

O Centro Universitário de João Pessoa – Unipê, em parceria com o Grupo Energisa, deu início às atividades doPrograma de Atenção Integrada para Crianças com Microcefalia por Zika Vírus. O projeto, que foi inaugurado oficialmente na tarde desta quarta-feira, 24 de maio, é voltado a crianças de 0 a 3 anos com microcefalia por zika vírus e tem como objetivo oferecer, inicialmente, atendimento integrado de Fisioterapia e Fonoaudiologia, além de suporte aos familiares.

Enquanto as crianças são atendidas, são desenvolvidas atividades educativas direcionadas aos pais e cuidadores, durante as quais são dadas orientações quanto ao manuseio da criança, proporcionando uma melhora na qualidade de vida da criança e do cuidador. “Nos atendimentos, as crianças são estimuladas e avaliadas para que sejam identificados os encaminhamentos necessários à sua saúde integral”, explicou a coordenadora do curso de Fisioterapia do Unipê, Elma Soares.

Segundo a coordenadora do programa, professora Sheva Castro, um dos grandes diferenciais do projeto desenvolvido pelo Unipê em parceria com a Energisa é o atendimento integrado e voltado à pesquisa. “Além de nos propormos a fazer um atendimento integrado, dando todos os estímulos, esse também não é somente um projeto de extensão e assistência, estamos desenvolvendo pesquisas para avaliar e acompanhar o desenvolvimento dessas crianças. Estamos utilizando instrumentos que são padrão ouro para a avaliação do desenvolvimento infantil”, comentou.

Inauguração do Programa

Na tarde desta quarta-feira, 24 de maio, o programa foi oficialmente inaugurado com uma visita técnica realizada pela reitora do Unipê, Ana Flávia Pereira Medeiros da Fonseca, e o presidente da Energisa, André Luís Theobald.

A reitora destacou o papel da Instituição nessa parceria. “O projeto da zika é interessante por várias razões. A primeira delas é porque nós temos profissionais treinados, com mestrado e doutorado em zika, temos a competência técnica para cuidar dessas crianças. O segundo ponto foi que havia um interesse da Energisa, que casou com nosso interesse. Com isso, criamos um projeto, que consideramos um projeto de parceria. Criamos um espaço específico para o atendimento dessas crianças, onde elas são atendidas e as famílias são treinadas para aplicar em casa o que aprendem aqui. E ainda estamos desenvolvendo um trabalho de pesquisa, de acompanhamento, para entender o porquê das diferenças que a Fisioterapia traz nessas situações de microcefalia provocada pela zika”, destacou.

O presidente da Energisa ressaltou que, face à geração de crianças que crescerá com sequelas, o grupo decidiu que era preciso fazer algo para ajudar essas famílias. “Nós demos início a um processo de apoio, que começou com a diminuição da conta de energia dessas famílias, colocamos, nas contas de energia, um 0800 para as pessoas doarem e todo o dinheiro é repassado para o tratamento e ajuda a essa crianças. Mas achamos tudo isso pouco ainda e então procuramos o Unipê, para que aqui em João Pessoa também tivesse um projeto especializado para esse público, assim como já existe em Campina Grande”, comentou.

“A Ana Flávia entendeu que era possível através do Unipê”, disse. “O aluno ganha, a sociedade ganha, o Unipê ganha, todo mundo ganha nesse processo. Eu acredito que não é uma pessoa só que vai vencer a microcefalia, somos nós, juntos, que vamos vencer uma doença tão grave como essa, tão nova e que a gente conhece tão pouco”, completou.

Famílias atendidas

A Marlene de Melo é avó da pequena Evelly Nathally, de apenas um ano de idade. Ela é uma das crianças atendidas pelo projeto que, para a avó, é mais um auxílio na batalha de promover para a sua neta um futuro melhor. “O Unipê abriu as portas para mais um serviço de Fisioterapia para ela fazer. Fui uma das primeiras a vir e estou gostando muito”, declarou.

Para Maria Aparecida Viana, mãe da Maria Isabel, também de apenas um aninho, o serviço dá às mães a esperança do desenvolvimento dessas crianças. “Eu estou achando bom o desenvolvimento de Isabel. está sendo uma oportunidade melhor porque quanto mais Fisioterapia eu fizer com ela, mais desenvolvimento ela vai ter. Sou muito grata e estou muito feliz com essa oportunidade dada pelo Unipê”, completou.

Serviço

O serviço conta com a participação de 8 alunos voluntários e 4 professores, todos com titulação e experiência na área de Neuropediatria. Para ter acesso ao serviço, basta procurar a Clínica-Escola de Fisioterapia do Unipê, que fica no bloco G da Instituição. O atendimento acontece nas segundas e quartas-feiras, das 14h30 às 17h. Para mais informações, basta ligar para 2106-9271.

Centro Universitário de João Pessoa

Informações para a imprensa:

Luis Thales

luis.bezerra@unipe.br

Fones: +55 (83) 2106-9341



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