Você conhece a doença do beijo?

beijoNo dia Internacional do Beijo, saiba mais sobre a mononucleose. Nos tempos de relações relâmpagos, há quem ainda não conheça a mononucleose, popularmente nomeada como a doença do beijo. Herpes labial, sífilis, cárie, gengivite, meningite, gripe suína, mononucleose etc. Como um simples beijo pode transmitir tantas doenças?  O Infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Jorge Garcia Paez esclarece as dúvidas sobre a doença do beijo. 

Da família da herpes, a mononucleose é transmitida através de contato íntimo, geralmente pelo contato com secreções orais como a saliva de um individuo contaminado, por isso é conhecida como doença do beijo. O Dr. Jorge esclarece, “Após o individuo apresentar o quadro de mononucleose, ele excreta o vírus até 18 meses após a infecção. nesse período ele pode infectar outras pessoas durante contato próximo ou prolongado”.

O especialista esclarece a razão de a doença ser confundida com a gripe, “Na maioria dos casos os principais sintomas são parecidos com a gripe, como: dor de garganta, inflamações nos gânglios, fadiga, dor de cabeça e dores musculares. A fadiga é a principal manifestação podendo persistir por algumas semanas”.

O diagnóstico da mononucleose ocorre pela analise do quadro clínico associado a alterações no hemograma e sorologias com pesquisa de anticorpos. “É necessário que ao apresentar os sintomas da doença, o paciente procure um médico para que seu quadro seja analisado e ele faça os exames apropriados”, orienta o infectologista.

Quanto ao tratamento da doença, o profissional do Hospital São Cristóvão esclarece, “O tratamento recomendado é o repouso. Para lidar com os sintomas é orientado administrar antitérmicos e analgésicos, sendo muito importante evitar atividade física enquanto a fadiga estiver presente”.

Para quem questiona se é possível pegar a mononucleose mais de uma vez o Dr. Jorge explica, “Não se trata de uma doença que podemos pegar várias vezes, após o contato com o vírus, nosso organismo desenvolve anticorpos protetores, evitando assim novas infecções pelo vírus que causa a mononucleose”.

Para evitar a doença o especialista indica, “É importante higienizar as mãos após exposição a um ambiente público, ou sempre que possível, não compartilhar utensílios íntimos como escovas de dentes, talheres etc.  E claro evitar o contato intimo com pessoas portadoras de mononucleose”. “Se tiver mononucleose, lembre se da importância do repouso e evitar atividades físicas na fase aguda da doença”, finaliza o especialista.



Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo