Câmara de Campina debateu abastecimento d’água no município
Participaram da Audiência Pública, o secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevedo; presidente da CAGEPA, Duesdete Queiroga; gerente regional da CAGEPA, Simão Almeida; presidente da AESA, João Vicente Machado; representante da PMCG, os secretários municipais Fábio Agra e Luis Lula Cabral; representante do BBM, capitão Antonio Ramalho; representante do IIBPM, capitã Flávia de Lima além de representantes e técnicos de diversos órgãos ligados ao abastecimento de água, lideranças comunitárias e os vereadores.
O vereador Murilo Galdino, saudou os presentes e defendeu a audiência dizendo que a mesma objetiva abrir um amplo debate sobre um possível colapso no abastecimento de Campina Grande. “Estamos aqui para defender um assunto sério em defesa de Campina Grande, independente de cor partidária ou ideológica”, ressaltou o parlamentar.
O secretario de recursos hídricos do estado declarou que o Açude de Boqueirão conta atualmente com 100milhões de metros cúbicos de água e que esse manancial está sendo monitorado pela CAGEPA e AESA. Disse na oportunidade que o estado está preocupado e tratando o problema com respeito. Ele ressaltou ainda o problema do abastecimento no estado vai melhorar com a chegada das águas do São Francisco. Acrescentou que a construção de adutoras como Camará vai melhorar o abastecimento em Campina e outros municípios.
O presidente da CAGEPA, Duesdete Queiroga admitiu o racionamento d’água já no início de dezembro (dia,06) e disse que empresa tem avançado com relação aos consertos de vazamentos, que segundo ele dá-se devido as tubulações antigas, principalmente nas cidades de Campina Grande e João Pessoa.
Os vereadores Antonio Alves Pimentel, Olimpio Oliveira, Alexandre do Sindicato, Bruno Cunha Lima questionaram sobre um outro plano por parte do estado, caso não chegue o período de chuvas e a demora na transposição do São Francisco. O vereador Olimpio ressaltou que o racionamento vai impedir a instalação de novos empreendimentos e com isso acarretando a redução de novos empregos. “ Precisamos de uma outra expectativa além de esperar pelas águas do São Francisco”, finalizou Olimpio.
O vereador Pimentel criticou a ausência de representantes da Agencia Nacional da Água – ANA nos debates. Disse ainda que a CAGEPA precisa por em prática um programa de tratamento da água para sua reutilização. Já o vereador Alexandre questionou sobre as condições do governo do estado em fazer uma nova adutora, no caso a de Ingá e qual seria as alternativa do governo para evitar um possível colapso no abastecimento no município.
Os vereadores Marinaldo Cardoso, Joseildo Alves, Napoleão Maracajá, as vereadoras Ivonete Ludgério e Milena Melo também questionaram dos presentes sobre um plano alternativo caso não chova e devido a falta de previsão para conclusão da transposição. Também cobram uma campanha educativa que chame a atenção para o uso racional da água além de outras alternativas que venham amenizar o problema. Maracajá cobrou na oportunidade o uso correto das águas do Açude José Rodrigues, construído no distrito de Galante.
Depois da realização da Audiência Pública os vereadores pretendem discutir o problema com o governador do Estado Ricardo Coutinho. Dessa audiência será redigida uma carta que será entregue ao chefe do executivo estadual.