Política

Concursados da PC participam de sessão na CMCG e condenam postura do governador

Os concursados da Polícia Civil que ainda não foram convocados pelo Governo do Estado revelaram, na manhã desta quinta-feira, 03, que não acreditam na nomeação por decisão do governador Ricardo Coutinho, mas apenas e tão somente através da via judicial. As declarações se deram durante sessão especial na Câmara Municipal, que atendeu a propositura do vereador Alexandre do Sindicato (PROS).

Representantes dos concursados relembraram as promessas de campanha de Ricardo, uma delas de convocar todos os aprovados no último concurso logo após tomar posse. O vice-presidente da Associação dos Policiais Civis (Aspol/PB), Júlio César da Cruz, apresentou dados sobre a defasagem do efetivo e denunciou o descaso da gestão estadual. “A PC vem sendo sucateada, escanteada, destratada pelo atual governo, como nunca antes na História da Paraíba”, afirmou, durante discurso.

Outro testemunho contundente foi o do concursado Cassiano Pereira, que falou em nome do segmento. “Se eu fosse dar um nome a esse episódio, eu daria o nome de ‘aberração política administrativa cometida pelo governador do Estado da Paraíba’. A violência na Paraíba está desse jeito e o principal responsável, sem sombra de dúvidas, é o senhor governador”, declarou Cassiano.

“Esse senhor, em 2010, prometeu aos concursados da Polícia Civil que ia nomear de imediato, que concursado para ele era prioridade. Hoje, ele vai para a TV e chama os concursados de ‘calo’. Vejam que inversão. Esse senhor suspendeu os sonhos de muitos pais e mães de família que deram a vida por esse concurso”, complementou Cassiano.

Em sua fala, Alexandre do Sindicato lembrou que as nomeações que Ricardo passa a alardear como ação de governo são, na verdade, resultado de determinação judicial, da qual o Estado havia, inclusive, recorrido. O vereador lembrou do ambiente de medo que assola a Paraíba. “Nunca se viu uma escalada de violência tamanha na Paraíba. Enquanto isso, o concurso da Polícia Civil caminha para se expirar em junho”, asseverou.

O parlamentar rebateu as alegações de Ricardo Coutinho de que o impedimento para as contratações seria financeiro. “O governador diz que o Estado não tem capacidade financeira para contratar. Se não tem, é porque as prioridades foram invertidas, a máquina foi inchada para atender e servir ao chefe do Palácio da Redenção. Um exemplo é a gastança com publicidade. Milhões torrados na promoção do governante. Isso é um escárnio, uma afronta, um tapa na cara da sociedade paraibana”, denunciou.



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