Mais propensos a comorbidades e com a imunidade fragilizada, pessoas 60+ têm maior probabilidade de apresentar a forma mais grave de dengue. Mesmo que apenas 11% dos casos registrados sejam de infecções em idosos, eles correspondem a 50% das mortes decorrentes da doença no Brasil ao longo da última década.
Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Segundo a pesquisa, durante o período analisado, a taxa de mortalidade da dengue, embora geralmente considerada baixa, foi oito vezes maior entre os idosos. A comparação foi feita com pessoas com menos de 60 anos.
De acordo com Antonio Leitão, Gerente do Instituto de Longevidade MAG, as pessoas idosas enfrentam maior risco de morte por dengue devido à sua resposta imunológica enfraquecida e à presença de condições de saúde subjacentes. Ele complementa: “Hipertensão, diabete e problemas cardíacos são mais prevalentes em pessoas com idade mais avançada. Com as comorbidades, pessoas idosas ficam mais propensas a sofrer complicações decorrentes da dengue.”
Veja os cuidados necessários
Mesmo diante de sintomas leves, para essa faixa etária, é essencial buscar ajuda. Geralmente, é recomendado o monitoramento diário para detectar sinais de alarme e uma hidratação mais rigorosa. Consultar um médico sobre quais medicamentos de uso contínuo devem ser interrompidos também é importante para evitar o agravamento da condição.
Na prevenção da infecção, as medidas destinadas aos idosos são as mesmas recomendadas para toda a população. Confira abaixo:
- Eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti;
- Aplique repelente em todo o corpo, especialmente durante os períodos de maior atividade do inseto (início da manhã e final da tarde);
- Preferencialmente, utilize roupas que cubram a maioria do corpo. Use calças, camisas de manga longa e calçados fechados.
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