Educação no combate ao tabagismo Luiz Carlos Silveira Monteiro (*)

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O tabagismo vem perdendo força nas últimas décadas, mas permanece sendo uma das principais causas de mortes evitáveis do mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1,3 bilhão de pessoas – aproximadamente 20% da população mundial adulta – ainda são fumantes.

Dados recentes do Ministério da Saúde mostram uma redução significativa de consumidores no país; segundo esses dados, o número de tabagistas diminuiu quase 50% desde a década de 1980, embora a redução tenha sido menor entre as pessoas com baixa escolaridade. O estudo compara o número de fumantes na população de 15 anos ou mais encontrados em pesquisas realizadas em 1989 e em 2008. No período analisado, o percentual de fumantes caiu de 32% para 17,2%. Entre as pessoas com pelo menos um ano de ensino universitário (12 anos de estudo no total) foi registrada queda significativa de 57,2%. O grupo de brasileiros com oito a 11 anos de escolaridades apresentou redução de 49%. Entre as pessoas com até sete anos de estudo, o percentual diminuiu para 36,7%.

O resultado da pesquisa revela que a educação foi essencial para mudar atitudes das pessoas em relação ao tabagismo. O abandono do cigarro traz mudanças significativas, melhorando e aumentando a expectativa de vida dos ex-fumantes. Ao mesmo tempo, o estudo revela que precisamos lançar um olhar atento ao grupo de pessoas de baixa renda que ainda persistem no vício. As campanhas de antitabagistas precisam melhorar o foco. Além disso, a oferta de serviços deve ser ampliada para atender aqueles que querem parar de fumar.

As empresas também desempenham papel fundamental nessa guerra contra o tabaco. Nossa experiência na ePharma, uma das maiores empresas de assistência farmacêutica e de saúde no Brasil, mostra que é possível avançar muito no ambiente corporativo. Por meio do Programa de Assistência aos Fumantes, acompanhados os colaboradores de várias empresas. O resultado é a conquista de benefícios sociais, econômicos e clínicos.

 

O tabagista precisa de ajuda e esse apoio pode estar sempre próximo, seja na unidade de saúde perto da sua casa ou na companhia onde trabalha. Investir na redução do número de fumantes contribuirá para reduzir a incidência de várias doenças e, como consequência, diminuir os custos com saúde e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

 

(*) CEO da ePharma 



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