Empresário nega ofensas a Moraes e família relata discussão ‘acalorada’ com comitiva
O empresário e corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto negou à Polícia Federal ter hostilizado ou agredido o ministro do Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), em Roma, na Itália. Zanatta prestou depoimento neste domingo, 16, na delegacia de Piracicaba, no interior de São Paulo.
A nota diz ainda que a discussão ficou “acalorada” e Mantovani “precisou conter os ânimos” de um jovem que teria ofendido sua mulher. “Em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao ministro Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares”, disse a família.
Durante a confusão, uma pessoa próxima ao ministro fez fotos do grupo. As imagens e os relatos da chegaram para a Polícia Federal em São Paulo, que abordou os brasileiros no aeroporto de Guarulhos (SP).
Segundo a PF, a confusão começou quando Andréa passou a xingar Alexandre de Moraes de “bandido, comunista e comprado”, termos que costumam ser usados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra integrantes da Suprema Corte.
Ao Estadão, o advogado Tórtima Filho contou que o Zanatta disse à Polícia Federal que “não participou do início do problema, da discussão”. Segundo o advogado, o corretor “foi chamado quando a situação praticamente já estava contornada, resolvida” e não agrediu ou ofendeu ninguém.
“Ele deixou claro que não fez qualquer ofensa ao ministro e também que os demais familiares do sr. Roberto (Mantovani), inclusive, ele, negaram as ofensas que foram ventiladas”, contou Tórtima Filho.
Tórtima, porém, confirmou que houve um cenário de hostilidade, mas reiterou que o corretor não se envolveu. O advogado afirmou ao Estadão que a família acredita que “tudo tenha sido fruto de uma confusão”. Mantovani, o genro, os filhos e outros parentes passaram pelo local onde Moraes estava e teriam sido confundidos com passageiros que ofenderam o ministro.
O caso está sendo investigado em sigilo. Mantovani e a mulher, Andreia, devem prestar depoimento na próxima terça-feira, 18, à Polícia Federal, em Piracicaba.
Em razão do ofício, Alexandre de Moraes costuma ter a segurança pessoal, no Brasil e no exterior, garantida por policiais do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte não informou se o ministro estava sob escolta no momento da confusão.
Moraes estava acompanhado por familiares no aeroporto. O ministro retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito. De lá, ele seguiu para outros compromissos na Europa e ainda não voltou ao Brasil.
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