Economia

Empresas inadimplentes priorizam a quitação de dívidas no Varejo

 

Em setembro, as dívidas contraídas no setor do Varejo foram as mais quitadas pelas empresas inadimplentes no Brasil (57,6%). Isso é o que mostra o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, que avalia o pagamento de contas atrasadas em até 60 dias de negativação. O total foi de 43,2% de encargos pagos no período.

“O pagamento da segunda parcela do 13º salário, que amplia o poder de compra dos consumidores no final do ano, pode ter beneficiado o caixa das empresas mais próximas do consumo. Isto favoreceu a maior quitação das dívidas inadimplidas dos varejistas junto aos seus credores. Esta é uma estratégia importante para que os empreendedores garantam um bom relacionamento para que não faltem insumos em seus negócios e, consequentemente, seja possível manter o fluxo de caixa ou renegociar dívidas quando necessário”, avalia Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

As dívidas com valores entre R$500 e R$1.000 tiveram maior taxa de pagamentos (47,3%), seguidas pelas de até R$500 (46,5%). Aquelas entre R$1 mil, e R$2 mil vêm em seguida, com 42,7%, e as de R$2 a R$10 mil com 35,8%. Contas custando mais de R$10 mil, que geralmente englobam financiamentos de bens materiais, como imóveis e veículos de trabalho, essenciais para o funcionamento da empresa, fecham o ranking com 41,6%.

Sete dos dez estados que mais pagaram contas negativadas em setembro são do Nordeste, região que teve a maior parcela de dívidas atrasadas quitadas pelas empresas (50,9%). Na análise detalhada das Unidades Federativas (UFs), o Piauíse destacou com 65,4% de participação dos pagamentos, sendo o estado que lidera com mais pagamentos desde abril deste ano. O Distrito Federal vem em último lugar, com o pior desempenho das empresas no pagamento de contas atrasadas (30,2%).

As dívidas mais recentes, de apenas 30 dias, seguem sendo as mais recuperadas (56,6%), seguidas pelas vencidas em até 60 dias (44,3%). As demais seguem de acordo com o prazo – 26% para 90 dias, 18,7% para 180 dias, 14,3% para um ano e 7,7% para mais de um ano.

 

Assessoria de Comunicação

Foto: Google



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