O estado de Kerala, no sul da Índia, tomou medidas esta semana após confirmar cinco casos do raro e letal vírus Nipah. Algumas escolas e escritórios foram fechados como precaução, e autoridades de saúde estão monitorando de perto a situação.
Dois dos indivíduos infectados com o vírus Nipah faleceram, enquanto os outros três, incluindo uma criança, estão atualmente internados e recebendo tratamento. Centenas de pessoas foram testadas, e agora aguardam os resultados desses testes.
Este é o quarto surto de Nipah em Kerala desde 2018. O vírus Nipah é transmitido de animais para humanos, assim como o coronavírus. As autoridades de saúde acreditam que ele tenha sido transmitido por um porco, que foi infectado por um morcego. A partir desse ponto, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa.
Assim como a Covid-19, algumas pessoas podem ser portadoras do vírus Nipah sem apresentar sintomas, enquanto outras podem desenvolver problemas respiratórios agudos. Em casos graves, a infecção por Nipah pode levar a encefalite, uma doença séria que afeta o cérebro.
Um estudo publicado em maio pela Reuters destacou que Kerala, sendo um estado tropical, está passando por uma rápida urbanização e perda de árvores, criando condições favoráveis para o surgimento de vírus como o Nipah. Devido à perda de habitat, os animais estão vivendo próximos aos humanos, facilitando a transmissão de vírus.
O primeiro surto de Nipah em Kerala, em 2018, foi o mais grave, resultando na morte de 17 dos 18 casos confirmados. Um ano depois, houve um caso isolado que se recuperou, e em 2021, um menino de 12 anos morreu devido à infecção por Nipah.
Transmissão do vírus Nipah
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a doença é considerada zoonótica – ou seja, é transmitida de animais como porcos e morcegos frugívoros para seres humanos.
O vírus também pode sertransmitido por meio de alimentos contaminados e por contato com uma pessoa infectada.
Ao entrar no corpo humano, ele afeta o sistema respiratório e o sistema nervoso central.
Nem todas as pessoas apresentam sintomas visíveis. Outras, no entanto, desenvolvem sinais e consequências como:
Quando o vírus progride rapidamente, há risco de coma e morte. Nos casos mais graves, sobreviventes podem experimentar efeitos neurológicos de longo prazo.
A infecção pode ser diagnosticada com base no histórico clínico durante a fase aguda e de convalescença da doença. Os principais testes utilizados incluem a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) em fluidos corporais e a detecção de anticorpos por ensaio imunoenzimático (ELISA).
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Foto:© Reuters