Passageiros do submarino notaram falha 1 min antes de implosão, diz especialista
Um especialista espanhol usou as informações públicas sobre a implosão do Titan, submarino que levava turistas para ver os destroços do Titanic, para reconstruir o que pode ter acontecido no dia 28 de junho, domingo em que o veículo desapareceu 105 minutos depois de começar a descida, na costa nordeste do Canadá.
Foram 900 metros de queda que sujeitaram o veículo a um aumento súbito de pressão. “O casco sofreu uma contração instantânea que não foi acompanhada pelo material da janela, que era de outra natureza, e ao não haver semelhança de deformação, se produziu uma microfissura que permitiu a entrada de água a tal pressão que gerou uma implosão instantânea”, disse Martín à publicação.
A OceanGate, empresa que criou o submarino e operava a expedição para ver os destroços do navio que afundou em 1912, foi alertada sobre a insegurança de seu maquinário, mas discordou das críticas. Por se tratar de uma inovação, justificou a companhia, o empreendimento não atenderia aos padrões atuais de certificação.
O submersível Titan era dirigido por um controle semelhante ao de videogames, e seu interior era apertado e simples. Rush chegou a dizer à emissora americana CBS que o veículo não exigia muita habilidade para condução. O submersível tinha apenas um botão, que mudava de vermelho para verde quando era acionado, e vice-versa.
A Guarda Costeira americana abriu uma investigação sobre o caso, assim como a canadense.
FOLHAPRESS
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