Preguiça e falta de vontade de estudar são as razões que muitos pais e professores atribuem às dificuldades dos alunos em relação ao estudo da matemática. Porém, o mau desempenho na disciplina pode ser resultado de um distúrbio neurológico denominado discalculia, que impede a compreensão das relações de quantidade, ordem de tamanho, distância, espaço e das quatro operações básicas.
De acordo com Alvino Moser, professor do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, existem vários problemas neurológicos, como a discalculia, que não são diagnosticados e por isso o acompanhamento da família e da comunidade escolar é fundamental. “A numeralidade já existe na criança aos sete anos de idade, por isso é importante ficar atento ao desempenho do estudante, sempre lembrando que o ambiente externo também influência o desenvolvimento do cérebro”, comenta.
Moser também alerta para o fato de que a falta de tratamento correto pode trazer consequências não apenas para as crianças, mas também gerar impactos na vida adulta, com dificuldades em atividades básicas como manusear dinheiro, identificação de números e memória a curto prazo.
Para falar sobre esta e outras questões ligadas à forma que a aprendizagem ocorre em termos neurológicos, na próxima quarta-feira (27/07), das 19h às 22h, Moser estará na Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba. Durante a visita, o professor da UNINTER vai ministrar a aula inaugural do curso de Especialização em Ensino de Ciências da Natureza e Matemática para Convivência com o Semiárido.
Virgínia Vilela
