Educação

Dicas: educação financeira é a base para formar cidadãos mais conscientes

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O Brasil tem, hoje, 56,4 milhões de inadimplentes. Se somadas, as dívidas chegam a R$ 243 bilhões, segundo levantamento da Serasa Experian, divulgado em junho deste ano. Débitos bancários, como financiamentos de carros ou imóveis, contas de consumo e compras realizadas no varejo estão entre os compromissos em atraso.

E a raiz deste descontrole vai muito além da difícil situação econômica que o país atravessa. “A educação financeira por aqui ainda é muito incipiente, o que dá origem a adultos pouco conscientes em relação ao consumo e à necessidade de investimento e, sobretudo, despreparados para cenários econômicos desfavoráveis”, explica o diretor da Easynvest,Amerson Magalhães.

Estimular desde cedo o contato com os conceitos básicos para o trato com o dinheiro contribui, e muito, para uma vida financeira mais saudável no futuro. “A primeira lição é ensinar a guardar dinheiro e consumir com moderação. E os pais são personagens importantes neste processo, pois são vistos como modelos a serem seguidos”, garante o executivo.

Ainda de acordo com Magalhães, para ser mais eficiente, a educação financeira deve começar bem cedo. “O tradicional cofrinho e a mesada ainda são as principais ferramentas para apresentar este universo para a criança”, analisa.

Para ensinar os pequenos a mexer com dinheiro é preciso, antes de tudo, não subestimar a capacidade deles. Ao dar a mesada, estimule a criança a anotar o quanto gastou, no que gastou e se conseguiu economizar. Isso ajuda saber a comparar o preço dos diferentes produtos comprados e a valorizar o dinheiro.

Estabelecer objetivos para ganhar novas quantias é outra lição que deve ser levada em consideração ao longo do aprendizado financeiro da garotada. Ofereça mais R$ 50,00 se a criança conseguir guardar a mesma quantia. Essa motivação ajuda a manter os pequenos interessados nesse aprendizado. “E quando o dinheiro for suficiente para comprar o objeto de desejo deixe que a meninada pague por ele para que tenha mais responsabilidades e desenvolva habilidades para a tomada de decisões cada vez mais complexas”, recomenda Magalhães.

Criar hábitos é a parte mais difícil da educação financeira, garante o executivo. “É no dia a dia que formamos nossos costumes, mas é preciso respeitar o contexto da vida da criança e do adolescente. A qualidade das suas escolhas depende do ambiente em que vivem”, finaliza.  

Sobre a Easynvest

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Gabriela Conde
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