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Aumento do ICMS da TV paga na Paraíba provoca indignação do setor

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Segundo estudo da FIPE, elevação de 50% na alíquota do imposto reduzirá a base de assinantes em 11% no estado, que já tem um dos menores níveis de acesso aos canais pagos

O governo do Estado da Paraíba publicou nesta segunda-feira (28/9) decreto aumentando em 50% a alíquota do ICMS para os serviços de TV por assinatura (de 10% para 15%). A decisão provocou indignação no setor, que alerta para os efeitos econômicos e sociais prejudiciais ao próprio estado. “Elevar impostos em um momento de crise significa reduzir o acesso da população a um serviço que oferece as mais variadas opções de cultura, entretenimento e informação. É uma medida que prejudica as famílias de mais baixa renda”, reage Oscar Simões, presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).

Estudo da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), ligada à USP, indica que cada ponto percentual de aumento no preço do serviço no Brasil reduziria a base de assinantes em 1,95%. Na Paraíba, onde a renda média é menor, o impacto será ainda maior. A pesquisa estima uma redução de 11,1% na base dos assinantes de TV paga no estado em 2016. Isso significa que, dos atuais 153 mil assinantes da Paraíba, 17 mil famílias deixariam de ter o serviço.

Atualmente, a Paraíba é o quarto estado com menor nível de acesso à TV por assinatura no Brasil. O serviço está presente em apenas 12,7% dos lares, enquanto a média nacional é de 29,6%.

Entre 2009 e 2012, o ritmo de crescimento da base de assinantes na Paraíba superou o do restante do país. “As isenções de impostos federais e o ICMS de 10% no estado viabilizaram investimentos em redes na região. Agora, o aumento de 50% desta alíquota pode inviabilizar o investimento de outros R$ 84 milhões que já estão programados”, alerta Oscar Simões.

De acordo com o estudo da Fipe, se a penetração da TV paga na Paraíba fosse elevada para 13,7% o estado teria um aumento de arrecadação de impostos equivalente ao que pretende atingir com o aumento do ICMS. “A popularização do serviço depende de ofertas acessíveis às classes de menor renda”, aponta o presidente da ABTA.

Segundo a associação, o aumento da alíquota do ICMS da TV por assinatura ainda provocará outros efeitos econômicos e sociais nocivos ao estado, como redução do nível de emprego no setor, limitação ao entretenimento, à cultura e à educação; redução da renda e do consumo local e incentivo à pirataria (furto de sinal).

Assessoria de Imprensa ABTA
André Sales
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