Paraíba

Estiagem na Caatinga já dura cinco anos

Ocupando 11% do território nacional, a Caatinga sofre com a estiagem, que já se prolonga por cinco anos consecutivos em alguns estados do Nordeste, como o Ceará. A seca tem impactado desde a sobrevivência de espécies nativas, como o tatu-bola, até a agricultura familiar e a produção industrial, bem como o consumo doméstico nas cidades. Para garantir a segurança hídrica das cerca de 27 milhões de pessoas que vivem na Caatinga – ambiente natural que já perdeu 50% da sua cobertura original – é preciso conservar a biodiversidade.

Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o nível médio dos reservatórios do Ceará é de 11,9%. “Dessa forma, investir na conservação dos corpos d’água e da biodiversidade, incluindo a vegetação que os protege, é de fundamental importância para garantir o abastecimento da população e da economia local e a disponibilidade desse recurso para a manutenção da própria biodiversidade”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, ONG que possui atuação na Caatinga, onde já apoiou 64 projetos.

Uma das iniciativas apoiadas é o Programa de Conservação do Tatu-bola, que é desenvolvido no Ceará e Piauí pela Associação Caatinga. A iniciativa desenvolve ações de preservação da espécie e também está presente nas comunidades próximas à Reserva Natural Serra das Almas (CE) – que é administrada pela instituição e é aberta à visitação – em ações de sensibilização e mobilização, a fim de reduzir o risco de extinção do tatu-bola, mamífero nativo da Caatinga.

Segundo o coordenador geral da Associação Caatinga, Rodrigo Castro, o programa não se restringe apenas à proteção de uma espécie animal. “Não se protege o tatu-bola isoladamente: o meio onde ele vive tem que ser cuidado também. Preservando a biodiversidade da Caatinga resguardamos as nascentes d’água, que abastecem os grandes centros urbanos como Fortaleza. Nós também precisamos deste bioma para viver”, conclui.

O Programa

Lançado em março de 2016, o Programa de Conservação do Tatu-bola envolve atividades de educação ambiental, mapeamento das áreas de ocorrência, estudos do animal para fins de reprodução e estímulo à criação de novas reservas de patrimônio natural, locais onde o tatu-bola terá condições asseguradas para sobreviver.

Sobre a Associação Caatinga: A Associação Caatinga é uma Organização Não Governamental reconhecida pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Atua há 17 anos no Ceará e no Piauí promovendo a conservação das terras, florestas, águas e de todas as formas de vida na Caatinga. 

Sobre a Fundação Grupo Boticário: a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.486 projetos de 492 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país.  Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis.

Na internet:

www.fundacaogrupoboticario.org.brwww.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario

Douglas Maia

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